A importância dos gambás na natureza.
Típico das Américas, o gambá é um mamífero marsupial, assim como o canguru.
Habita desde o sudeste do Canadá até o sul da Argentina, principalmente as florestas, porém tem se adaptado bem à presença humana, vivendo também próximo ao ser humano, entrando em chácaras, quintais, e até mesmo em grandes centros urbanos.
Infelizmente, sua fama não é nada boa dentre os humanos menos esclarecidos.
O gambá possui um líquido fedorento produzido por glândulas odoríferas que é utilizado como meio de defesa quando perturbado. O cheiro também é exalado pela fêmea em maior quantidade na época em que está no cio e tem a função de atrair o macho, afinal, gosto é gosto... Este cheiro é um dos motivos por ele ser tão discriminado.
Obviamente hoje há uma legislação ambiental que proíbe tanto seu abate (por ter a carne muito apreciada), como os maus tratos, como o cativeiro.
O gambá mede de 40 a 70 centímetros (o gambá-de-orelha-preta é maior). A cauda tem pelos apenas na região proximal, é escamosa na extremidade e é preênsil, ou seja, tem a capacidade de enrolar-se a um ramo de árvore.
As patas são curtas e têm 5 dedos em cada uma, com garras. O hálux (primeiro dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível (como o polegar da mão humana) e, em vez de garra, possui uma unha, é usado para agarrar e escalar galhos. É muito ágil no alto das árvores, podendo andar sobre fios de luz, mas sua mobilidade no solo é lenta e desengonçada.
A maioria das espécies possui hábitos noturnos e uma dieta onívora, que pode incluir frutos, insetos, raízes, vermes, crustáceos (caranguejos em áreas de mangue), moluscos, néctar e pequenos vertebrados (sapos, lagartos, serpentes, ovos e aves). É considerado um dos maiores predadores de escorpiões, até mais do que as galinhas. São ótimos também para o controle de carrapatos, podendo comer até 4000 por dia. Colabora no controle das espécies consideradas pragas para a agricultura, como os roedores e insetos. São também bons dispersores de sementes através das fezes, ajudando a natureza a plantar o que o homem destrói.
Fontes: Ricardo Alexius