Fazenda Criméia
Tinha sua força zona rural, no café, no leite e no gado de corte. Por ser um local que viveu certo tempo isolado e independente, mantém muitas tradições.Conforme o Recenseamento do Brazil realizado em 01 de setembro de 1920 seu proprietário era o Sr. José Aquino Xavier e hoje pertence ao Sr. Sebastião Sergio Sobreira Prucoli.
Antigamente, durante muitos anos, uma parte importante do alimento da fazenda vinha de uma casinha onde estava o moinho de pedra movido a água. Era onde se fazia o fubá do angu, da sopa de fubá, do bolo, da broa, da quitanda e da farinha de moinho.
A água ia por gravidade, ganhava força na manilha inclinada e tocava uma roda d'água horizontal, que fazia girar o eixo. O eixo era longo e por uma abertura chegava ao moinho, onde girava uma roda de pedra assentada em cima de outra roda de pedra fixa."O fubá de moinho d'água trabalhava mais lentamente.
Assim, o fubá não esquentava e não ficava com gosto de amargo. Além disso, saia mais fino e dava mais liga. Se cortar-se o angu, não esfarinha. Se faz o bolo, a fatia fica certinha",O fubá, sendo feito de grão integral, contém o germe do milho, sua parte mais nutritiva. Nas fábricas de fubá o germe é retirado para fazer óleo ou farelo.O mecanismo da moagem. "O milho fica na moega. Quando a pedra está girando a peça fibra para fazer o milho cair e virar o grão dentro para começar o processo. O que faz mover o milho é o atrito das pedras".Com o moinho parado, parece que as rodas estão raspando uma na outra. Mas há um espaço entre elas, manejado através de uma roda de regulagem. O espaço pode ser maior ou menor em função do produto que se quer da moagem.
Era localizada no distrito de São Pedro do ItabapoanaA sede da fazenda não resistiu ao tempo e acabou sendo destruída.
Texto: João Odílio Guedes Faria